Friday, October 03, 2008



© Pôster do Filme "Filth and Wisdom"

Saturday, September 27, 2008

Começa o Festival do Rio 2008 e morre Paul Newman

Duas notícias ao mesmo tempo tão diferentes e tão iguais.
Festival de cinema e morte não tem nada a ver. Verdade. Porém se tratando de um dos maiores ícones do cinema tem tudo a ver.
Paul Newman não era apenas o famoso par de olhos azuis mais famosos do cinema (os de Elizabeth Taylor são violeta), Newman era também dono de um magnetismo impressionante, e de um coração ainda mais.
Ele criou junto com sua mulher, Joanne Woodward, uma linha de produtos alimentícios cuja renda era revertida para instituições de caridade nos EUA. Ou seja, não foi apenas uma mera celebridade, ele fez a diferença. Além do talento, ele se preocupou com seus semelhantes. Coisa difícil de se ver hoje em dia...

Festival do Rio...ai meu Deus, começou a neura! Vou ver o filme da Madonna hoje (dirigido por ela "Filth and Wisdom", foi ovacionado no Festival de Berlim este ano).
A medida que ver outros filmes, darei notícias.
Have a nice weekend!

Sunday, August 19, 2007

POR QUE THAEME E NÃO SHIRLEY

Todo mundo (que eu conheço) ficou revoltado com o resultado do Ídolos deste ano. Tudo porque quem ganhou foi a Thaeme. O que as pessoas esperavam? Que fosse a Shirley que ganhasse? Eu acho que as pessoas ainda não entenderam o espírito do programa.
Primeiro, o público-alvo de Ídolos é aquele com idades entre 13 e 20 anos. Ou seja, adolescentes e jovens.

Quando eles escolhem os participantes, os próprios jurados falam: “Você sabia que teu repertório não tem a ver com a proposta do programa?”, ou “Você tem que dar uma mudança no visual para ter mais apelo com o público?”

Quem visualmente falando, possui mais “apelo comercial”, Thaeme ou Shirley?

Quem souber a resposta de primeira, já tem a explicação pela escolha de Thaeme.

Luz, Força e Amor

Até breve

Sunday, August 05, 2007

Bergman/Antonioni

30 de Julho de 2007 - Morre Ingmar Bergman

30 de Julho de 2007 - Morre Michelangelo Antonioni

Acho que essas duas notícias mexeram mais comigo do que os últimos acontecimentos.
Me lembro a primeira vez que vi um filme de Bergman, foi há mais de dez anos em um festival dedicado ao próprio no MAM do RJ. Eu fiquei extasiada com "Morangos Silvestres", "Monica e o desejo", "O Sétimo Selo", "A fonte da donzela", entre outros.
Uma Suécia totalmente diferente daquela miticamente descrita (cheia de fartura, gente loura, sexualmente promíscua), se revelou nos filmes de Bergman.
Uma Suécia saída do pós guerra (já que Bergman nasceu em 1918, e por ter nascido em tal ano testemunhou todo o horror da segunda guerra mundial), austera, diligente, sofrida (sentimento sobre o qual Bergman conhecia intimamente), e cheia de sensibilidade.
O pior filme de Bergman (ainda que difícil isto ser possível) é melhor do que a maioria do lixo cinematográfico que vem sendo produzido nos últimos anos.
Bergman dizem, não assistia seus filmes por se sentir deprimido quando os via.
Pode ser verdade, já que seus filmes eram fortemente autorais, e todos sabem sobre a infância terrível de Bergman.
Porém, ao assistir qualquer filme de Ingmar, o espectador sai com a sensação de alma lavada, de ver um filme que foi feito com amor, mesmo que ainda misturado com a sensação de desespero e eterna busca por um pouquinho de alento, já que era isto que Bergman deve ter buscado a vida inteira.
A você Bergman, parabéns por ter levado uma vida plena e por trazido a nós umas das melhores obras-primas do cinema.

Já com Antonioni foi diferente, meu primeiro contato com ele se deu através de um trabalho da faculdade (já estava estudando cinema) e tive que fazer a análise de um filme e escolhi "Blow up". Fiquei apaixonada. Assim que terminei de ver o filme, rebobinei a fita, e vi tudo de novo. O elenco absolutamente sensacional (Vanessa Redgrave, David Hemmings, Sarah Miles), um roteiro fantástico e uma fotografia intimista, fizeram de "Blow up" uma das obras-primas de Antonioni. Aliás, a cena em que Redgrave e Hemmings estão escutando jazz é antológica. Hemmings está excelente como fotográfo cínico e mulherengo que resolve dar uma de detetive, no fundo, para sair da rotina, e Redgrave, maravilhosa, como uma bandida sexy, esperta e misteriosa.

Ainda, quarenta anos depois de seu lançamento, é um dos melhores filmes que já vi.
Parece que os anjos combinaram a data de saída destes dois gênios do planeta. Ou quem sabe foram os dois mesmos, que preferiram uma saída cinematográfica desta vida a um "cai o pano" vazio e sem sentido.

Sunday, November 26, 2006

Resumo atrasado (atrasadíssimo) do Festival do Rio 2006

Finalmente, notícias!

Estou viva, pessoal! Mais viva do que nunca.

Bom depois de um hiato sem escrever em meu blog resolvi falar da coisa que mais gosto que é cinema.

Só que este ano, fiquei um pouco desapontada este ano. Os filmes que eu vi foram de fraco a razoáveis, com exceção de "Volver" de Almodóvar que é maravilhoso.
Vou fazer um breve resumo dos filmes deste festival (que não foram muitos, já que a falta de tempo este ano foi uma constante):

"Onze homens dentro e fora do armário" de Robert Douglas
"Cem escovadas antes de dormir" de Luca Guadagnino
"A ponte" de Eric Steel
"CRAZY" de Jean Marc Vallée
"En soap" de Pernille Christensen
"Lemming" de Dominik Moll
"Babel" de Alejandro Iñarritu
"Volver" de Pedro Almodóvar

Começando pela ordem:

"Onze homens dentro e fora do armário" é fraco, fraco demais.
Feito na Islândia (razão pela qual me interessei em vê-lo) já que é difícil
aparecer no Brasil filmes de tal local, a história parece uma cópia mal feita de "Damas de Ferro" (filme tailandês gay super engraçado!).
No filme, um capitão de um time chumbrega da Islândia dá uma entrevista para uma revista importante, assumindo sua homossexualidade publicamente.
É claro que tal declaração dá o maior fuzuê. Porém, o tratamento dado ao roteiro, fotografia, escolha de elenco foram péssimos.

"Cem Escovadas antes de dormir" não é tão ruim como o precedente porém também deixa a desejar. A começar pela trilha sonora (música dos Pet Shop Boys da década de 80 nada a ver!), a dramaticidade das cenas também é fraca, os atores mal escolhidos (com exceção de Geraldine Chaplin, que interpreta a avó da personagem principal, como sempre Geraldine dá um banho de interpretação)
O enredo é sobre uma adolescente que é iniciada no amor de forma cruel por um rapaz por quem é apaixonada. A partir daí, ela entra em uma egotrip vazia e resolve dar uma de Cicciolina do subúrbio romano, transando com vários homens ao mesmo tempo, se encontrando com homens desconhecidos em quartos de motel para realizar fantasias sadomasoquistas...Enquanto isso nossa frágil heroína traumatizada tenta se recuperar de tal 'perdição'. Muito raso.

"A ponte" é um documentário realizado durante um ano na cidade de São Francisco, EUA, sobre pessoas que cometem suicídio na famosa Golden Gate Bridge (cartão postal da cidade e marco histórico dos EUA). Perturbador. O diretor, Eric Steel, filmou durante cerca de um ano, o suicídio de diversas pessoas, pulando da ponte e se jogando ao mar. O mais perturbador é que ele assistiu a tudo e não fez nada para ajudar tais pessoas. Ele filmou horas e horas de suicídios e não fez nada para tentar salvar os suicidas. Um espanto. O pior é que os parentes e amigos destas pessoas aparecem no documentário dando entrevistas como se tal ato fosse a coisa mais normal do mundo. Só nos EUA mesmo!

"CRAZY" é uma fofura no meio da lama destes outros filmes. Franco-canadense, conta de maneira especial a história de Zachary, quarto filho em uma família de cinco irmãos nos anos 70 em Quebec. Zachary é um menino cheio de talento e sensibilidade que descobre de maneira dolorosa sua opção sexual e seu posicionamento na família. A atuação do ator que interpreta Zachary é maravilhosa.

Sunday, July 02, 2006


A diretora e protagonista de "Eu, Voce e Todos Nos" Posted by Picasa

foto do filme "Eu, Voc� e Todos N�s" Posted by Picasa

Estou de volta! (Eu, você e todos nós)

Finalmente depois de um ano e meio sem escrever resolvi voltar a ativa. Estive no meio de uma relação afetiva conturbada no último ano, por isso a ausência de notícias. Mas isso mudou.
Falando de filmes que são a coisa que eu mais gosto, depois da minha irmã Elisabeth e meus dois sobrinhos Carol e Caio, vi um filme recentemente que mexeu comigo.
O título é "Eu, você e todos nós". É um dos filmes mais singelos que eu vi ultimamente. É de uma sensibilidade. A protagonista do filme também dirigiu o filme, Miranda July.
Resenha: Motorista canadense que dirigi veículo para idosos e artista nas horas vagas sonha em encontrar o amor verdadeiro e também em expor seu trabalho em galeria de arte.
Nada dá certo. Conhece um vendedor de sapatos recém-divorciado com dois filhos que não sabe que rumo tomar na vida. A diretora da galeria em que deseja expor seu trabalho não lhe dá a mínima.
Nossa protagonista leva uma vida modorrenta. É uma mulher a beira de um ataque de nervos.
Até que de repente, tudo começa a dar certo, sua cara-metade da sapataria começa a vê-la com outros olhos e a toda poderosa da galeria resolve lhe dar uma chance.
Existem outras subtramas no filme que dão um colorido todo especial ao enredo. Como a menininha que mantém um enxoval de noiva com 11 anos de idade e sonha com a filha que um dia irá ter.
Também toca na velha questão da falta de comunicação entre as pessoas (De tão batido já virou clichê este tema!)
Mas é poético e me encantou.
Por isso, recomendo.
Bjs,
lucy lovely

Saturday, January 29, 2005

Reminescências...

Já sei, fazem meses e meses que não escrevo nada, é eu sei, sou uma relaxada! Nem vou inventar aquela desculpa de sempre: "Tô sem tempo pra nada!", porque é pura balela.

O que vocês fariam se algo ou alguém do passado, voltasse para ser resolvido agora? Só que existem várias coisas sobre este algo ou alguém que são misteriosas e não há garantia alguma de serem decifradas. Sabe aquela frase da Esfinge para Édipo: "Decifra-me ou te devoro!" É mais ou menos o tipo de situação que estou vivenciando no momento.
Caso não consiga decifrar o mistério deste alguém, posso ser devorada...
É um tipo de canibalismo metafísico difícil de explicar para quem nunca sentiu na pele.
É estar com um pé no paraíso e outro no inferno. É a ausência de promessas, garantias, segurança...
Só que Édipo conseguiu decifrar a Esfinge e ela acabou se matando...transmutando...não conseguiu ver seu reflexo no espelho mágico da alma...ou estou falando muita abobrinha...talvez todas as Esfinges que são decifradas têm vontade de morrer...

Mil beijos my dear ones,

Lucy Lovely

Monday, November 15, 2004


Infância roubada...(Kirsten Dunst como a vampira Claudia em "Entrevista com o vampiro") Posted by Hello

Entrevista com o Vampiro...

Faz muito tempo que não assisto "Entrevista com o vampiro" de Neil Jordan. Mas a cada vez que assisto, sempre me surpreendo com detalhes que não tinha percebido antes.

Por exemplo, o filme é narrado como se fosse a história de um vampiro imortal, dono de uma alma humana e mortal, cheio de paixões, próprio de nossa natureza humana e transitória.

No entanto, existem várias mensagens subliminares neste filme que nunca havia pensado.

Por exemplo, há alusões claras à abuso contra crianças neste filme. A vampirinha Claudia, é apenas uma criança quando é mordida por Louis e tranformada em vampira por Lestat. Uma criança é mais facilmente manipulada do que um adulto. Por que logo uma menina tão jovem? E a paixão de Claudia por Louis? Complexo de Electra? E a fixação de Louis por Claudia?

No desenrolar do filme, Louis e Claudia vão para Paris e encontram Armand, um vampiro secular que havia conhecido Lestat. Armand apresenta um menino para Louis e Claudia cujo braço está repleto de marcas de mordidas. Um menino que é usado como presa. Armand oferece o braço do menino a Louis que ao mordê-lo, pára, pois percebe algo de estranho no menino.
Por que um menino, logo um menino, é a presa dos vampiros parisienses? Por que não um adulto? Será que a mensagem do filme é que a infância em qualquer lugar está sendo vampirizada pelo mundo dos adultos?

É algo a se pensar...

Beijos,
Lucy Lovely

De volta à vida - Back to life ( ou como dormem as baleias)!

Após um breve período de hibernação (por conta de uma tradução de 180 páginas que quase me levou a loucura!) Estou de volta aos meus posts. Nem sei se vale a pena fazer algum comentário sobre as eleições americanas e a "previsível" vitória de Bush.
God "bliss" America!

Estive pensando estes dias que se passaram em anonimato editorial (já que não publiquei nada, aproveitei meu tempo para pensar em certas coisas que nunca pensei antes).
Por exemplo, vocês sabem como dormem as baleias? Eu não tinha a mínima idéia, mas não sei porque fiquei na maior curiosidade. Aí, comecei a pesquisar na internet e descobri que as danadas não dormem como nós, ou outros animais terrestres.
Por serem mamíferos aquáticos, elas têm que manter a temperatura corporal e continuar o processo respiratório enquanto dormem. Daí, elas tiram cochilos de curto intervalo de tempo durante todo dia e seu sono se assemelha ao nosso estado Alfa. Aquele estado de semi-inconsciência que caímos ao assistir televisão à noite quando pensam que estamos dormindo mas ao desligar a tevê, acordamos imediatamente.
Elas descansam um hemisfério cerebral de cada vez, portanto nunca estão totalmente inconscientes. Que barato! (Não é cultura inútil, não!)

Na próxima semana, mais informações sobre os hábitos de cópula dos jacarés!

Beijitos,
Lucy Lovely

Saturday, October 16, 2004

Mais Festival do Rio (Balanço Final)

C'est fini! Graças a Deus! E olha que eu adoro festivais de cinema! Pero, no último dia do festival, eu já estava botando os bofes pra fora! (Literalmente!)

Falemos então de filme que é o que interessa.

O saldo final do festival é positivo. Vi, é claro, algumas porcarias, mas no geral, valeu a pena ter assistido a maioria.

Vou dar a lista completa e um comentário breve sobre cada um.

- Antes do pôr-do-sol, de Richard Linklater
- Casa de areia e névoa, de Vadim Perelman
- Central Al Jazeera, de Jehane Noujaim
- Código 46, de Michael Winterbottom (já fiz comentário anteriormente)
- O coração é traiçoeiro acima de todas as coisas, de Asia Argento
- Crimes em Wonderland, de James Cox (também já fiz comentário)
- As damas de ferro 2-Os primeiros anos, de Yongyooth Thongkonthun
- Escola da sedução, de Robert Salis
- Nascido nos bordéis, de Ross Kauffman e Zana Briski
- Nina, de Heitor Dhalia
- Os sonhadores, de Bernardo Bertolucci
- Tempestade de verão, de Marco Kreuzpaintner
- Um toque de rosa, de Ian Iqbal Rashid
- Torremolinos 73, de Pablo Berger
- Um dia sem mexicanos, de Sergio Arau
- Vera Drake, de Mike Leigh
- Você que eu amo, de Dmitri Troitsky e Olga Stolpovskaya (também já comentado)
- Whisky, de Pablo Stoll e Juan Pablo Rebella

Comentários:

Vou começar com os que eu mais gostei. "Torremolinos 73", "Os sonhadores", "Nascido nos bordéis", "O coração é traiçoeiro acima de todas as coisas", "Antes do pôr-do-sol", "As damas de ferro 2", "Um toque de rosa", "Tempestade de verão", "Central Al Jazeera".

Cada um, a seu modo tem qualidades. Alguns são tocantes como "Tempestade de verão" e "Torremolinos 73", outros divertidos como "As damas de ferro 2" (esse é hilário!) e "Um toque de rosa", outros ainda chocantes "O coração é traiçoeiro acima de todas as coisas", outros que fazem pensar como "Nascido nos bordéis" , "Antes do pôr-do-sol" e "Central Al Jazeera" e outros ainda, pura fantasia e lirismo como "Os sonhadores" verdadeira declaração de amor a Nouvelle Vague.

"Torremolinos 73", conta a história de um casal em plena crise financeira, na Espanha pós-Franco. Ele, um vendedor de enciclopédia falido, ela, uma típica dona de casa espanhola. Um dia, recebem uma proposta do chefe dele. Fazer filmes pornôs caseiros (ele e a mulher) que serão vendidos na Escandinávia. Assustados, mas ao mesmo tempo, ansiosos por resolver seus problemas econômicos, eles acabam cedendo a tentação. O final é surpreendente! As atuações dos atores principais, Javier Câmara (o Benigno de "Fale com ela") e Candela Peña, são o ponto alto deste filme.

"Tempestade de verão", alemão, participou da mostra gay do Festival do Rio. Ótimo. O enredo é simples. Jovem remador alemão, inseguro à respeito de sua orientação sexual, cai de amores por seu melhor amigo. Numa viagem ao interior da Alemanha, para participar de uma competição de remo, ele conhece um time de remadores gays e daí em diante, há uma reviravolta em sua vida. A fotografia do filme é linda.

"As damas de ferro 2", tailandês. O que você acharia de um time de voleyball masculino composto exclusivamente por Drag Queens? O que você diria se este time fosse de verdade e que já foi até campeão nacional da Tailândia? Você acreditaria?
Pois foram essas perguntas que eu fiz à mim mesma antes de ver este filme. É absolutamente hilário! É a história real de um dos maiores times masculinos de voleyball da Tailândia, formado por Drag Queens! Tudo é explicado no filme como eles/elas se conheceram, porque decidiram se tornar jogadores/as de vôlei. Um barato!

"Um toque de rosa", anglo/canadense. Rapaz de origem paquistanesa vive feliz em Londres com seu namorado inglês. Só que ele não só convive com o namorado como também com o fantasma de Cary Grant! Cary é seu amigo de todas as horas, que dá conselhos, etc. Sua feliz vidinha matrimonial vai por água abaixo quando sua mãe resolve lhe fazer uma visita surpresa. Ela não tem a mínima idéia do que se passa na vida de seu filhinho querido. E o fantasma de Cary acaba mais atrapalhando que ajudando...

"O coração é traiçoeiro acima de todas as coisas", Estados Unidos. É uma tragédia. Uma tragédia americana sobre o homem comum. Baseado em fatos reais. Mas contada de forma inovadora e com atuações fantásticas. Jeremiah, um garotinho de 8 anos, é retirado de seu lar adotivo para viver com a mãe biológica. Um tipo "white trash" que namora caminhoneiros e punks. Nesse meio tempo, Jeremiah é iniciado no consumo de drogas por sua própria mãe, é molestado sexualmente por um de seus padrastos...Pesado, mas essencial para entender a cultura americana "white trash".

"Nascido nos bordéis", EUA/India. Documentário sobre crianças que moram na zona de prostituição de Calcutá (o famoso bairro da luz vermelha) todas elas, filhas de prostitutas. Uma fotógrafa americana resolve fazer um trabalho social com essas crianças e o resultado é surpreendente. A cada uma delas, ela dá uma câmera fotográfica, para que elas tenham uma nova visão da vida e possam superar sua própria realidade. Excelente.

"Antes do pôr-do-sol", EUA/França. Quem viu "Antes do amanhecer" tem que ver "Antes do pôr-do-sol", que não é mera continuação de "Antes do amanhecer" e sim um "e se eles se reencontrassem nove anos depois?" É uma delícia ver os dois protagonistas, Ethan Hawke e Julie Delpy, maduros e mais do que nunca, entrosados nesta linda história de amor.

"Central Al Jazeera", EUA/Egito. Documentário sobre a famosa rede de TV do mundo árabe, que graças às imagens transmitidas mundo afora, nos foi possível assistir ao horror da guerra do Iraque. Calcanhar-de-aquiles do governo americano, é imperdível e serve como denúncia sobre a censura e um libelo pela liberdade de imprensa.

"Os sonhadores", França/Itália/EUA. Lindo! Bertolucci continua sendo meu ídolo. O diretor dos diretores! (Eu decidi estudar cinema ao ver "O último imperador" há quase vinte anos. Pretensiosa!) "Os sonhadores" é uma verdadeira declaração de amor à Nouvelle Vague. Três jovens, um americano, e um casal de irmãos franceses, se trancam num apartamento em Paris durante a revolução de 68 e se entregam ao erotismo. Parece simples, mas não é. Cada fotograma foi pensado por Bertolucci. Belíssimo!

Filmes que considerei neutros (por isso serei brevíssima em meus comentários):

"Casa de areia de névoa", dramalhão americano, que tem como trunfo as atuações de Ben Kingsley e Jennifer Connelly. Pesado e lento.
"Escola da sedução", drama pseudo-intelectual francês que fala, fala, copula, copula e não chega a lugar nenhum. Jogos mentais, manipulação sexual...é só!
"Um dia sem mexicanos", dirigido pelo filho do Alfonso Arau (Como água para chocolate). Parece que talento, neste caso, não é hereditário. Ele até que usou um bom argumento, pero, muchacho...que saco! Resenha: mexicanos são abduzidos no estado da Califórnia. É isso.
"Whisky", não é ruim...só que falta ritmo. Lentoooooooo demais!

Filmes que não "dá, nem tentando":

"Nina", Guta (Grande família) Stresser dando uma de psicótica à la Crime e Castigo de Dostoiéviski (não sei se está certo) Dá um tempo!
"Vera Drake", fiquei decepcionadíssima. Primeiro, por que é um filme do Mike Leigh "Segredos e Mentiras", segundo por que ganhou prêmio de melhor atriz no festival de Veneza. Dramalhão. Cansativo. Opressivo e feio.

That's all folks! Thanks for tuning in!

Beijos, Lucy Lovely


Sunday, October 03, 2004


Cena de "Você que eu amo" Posted by Hello

Festival do Rio 2

Mais filmes...e quem é que resiste? Uma das piores coisas que podem acontecer durante um festival de cinema é você estar sem dinheiro. Porque as escolhas são muitas, o tempo é curto, e o discernimento nem sempre é infalível...Vejamos:

VOCÊ QUE EU AMO por Dmitry Troitsky, Olga Stolpovskaya

Um filme russo da mostra Mundo Gay. Interessantíssimo. Primeiro pela questão abordada. Homem conhece mulher. Homem se apaixona por mulher. Homem atropela homem. Homem se apaixona por homem. Mulher continua apaixonada por homem sem saber o que fazer. Já entendeu. Pois é, esta é a resenha de Você que eu amo. Parece simples, mas não é. Embora a Rússia tenha aberto suas portas a globalização e ao capitalismo, e muito embora os russos estejam longe de ser um povo puritano, a imagem do Kremlim, dos cossacos e da frieza associada aos russos, não se encaixam neste filme, ou então, toda esta frieza sempre foi fachada. "Você que eu amo" é acessível, caloroso e inteligente. Um filme a ser assistido e pensado. Algo como "qualquer maneira de amor vale a pena". E em pensar que este é o primeiro longa da dupla...Por que eles não vêm ao Brasil junto com o Kiarostami dar uns seminários sobre cinema? Seria ótimo.




Sunday, September 26, 2004


Cena de "Código 46" Posted by Hello

Saturday, September 25, 2004

Festival do Rio...

Filas imensas só para comprar ingressos antecipados...senhas...vocês já devem ter uma idéia do quanto é agradável tentar assistir à um filme do festival, e com o calorão que tem feito no Rio...Hum...

Bom, eu já fui ver alguns filmes nas cabines de imprensa (sessões exclusivas para jornalistas antes do festival começar). O melhor deles até agora na minha opinião foi "Código 46 (Code 46)" do diretor Michael Winterbottom.

A trama é meio clichê: no futuro não muito distante, homem se apaixona por mulher e vai contra a sociedade vigente e suas normas pré-estabelecidas.

O interessante no filme é a escolha do que é tabu na trama e como este tabu é rompido. O final é também surpreendente. As atuações intensas de Samantha Morton e Tim Robbins são o ponto alto do filme e a concepção visual é muito original. Vale a pena ver.

Agora não perca tempo com "Crimes em Wonderland" que tem em seu elenco o todo-Jim Morrison Val Kilmer, Eric Bogosian, Janeane Garofalo, Lisa Kudrow, entre outros. Apesar do super elenco, o roteiro é fraco, cansativo, e não chega a lugar nenhum.
Val interpreta John Holmes, o maior astro pornô americano dos anos setenta que morreu de Aids no final dos anos 80. No filme, Holmes estaria diretamente envolvido num massacre em Los Angeles no início da década de 80. Na época nada foi provado, e até a época de sua morte, o processo já havia sido arquivado. O filme tenta resolver o enigma do massacre através de depoimentos da primeira esposa de Holmes e de sua amante na época. Quando o filme acaba, você fica se perguntando por que foi que você resolveu assistir a um pseudo-filme desses...

Thursday, August 26, 2004

"Ordinary People" ou quem sabe "Celebridade"!

Gente, I'm astonished!!!!!!

First, I'm sorry por não ter postado com a mesma freqüência de antes. É que ultimamente eu tenho estado super ocupada e por isso não pude sentar e escrever o que eu quero.

But now...
Eu tô astonished, sim, com a cara-de-pau de alguns autores globais que têm a desfaçatez de plagiar obras de outros autores com a maior tranqüilidade!

Vocês acreditam que o núcleo Fernando (Marcos Palmeira), Beatriz (Deborah Evelyn), Inácio (Bruno Gagliasso) e o que fazia o irmão do Inácio que eu não me lembro o nome e nem quero me lembrar, pois é, esse núcleo é cópia exata do filme "Gente como a gente (Ordinary People)" primeiro filme dirigido por Robert Redford há mais de 20 anos.
Que cara-de-pau!!!!!!!!!!!
Tudo no núcleo Fernando-Beatriz-Inácio é igual ao filme até o acidente de rafting em que o irmão do Inácio morre. As brigas com a mãe, o apaziguamento do pai, o garoto-problema que o Inácio representa. TUDO!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Quer dizer que o grande autor global, pega um mote de um filme que quase ninguém lembra mais, tasca na novela (claro brasileiro é povo sem memória!) e todo mundo acha dez!
Que preguiça e falta de originalidade do Sr. Braga!
Perhaps, he needs some holidays, assim quem sabe a criatividade dele reaparece.
I'm gone,
Love
Lucy Lovely

Sunday, August 08, 2004


Charlotte, Carrie, Miranda e Samantha em ação! O quarteto das poderosas de "Sex and the city" Posted by Hello

SEX AND THE CITY

Esta é uma das minhas séries preferidas da tevê, junto é claro, de "Seinfeld", "Will & Grace" e "Absolutely Fabulous".
Mas o que "Sex and the city" tem a mais, é os encontros e desencontros da turma (Carrie, Miranda, Charlotte & Samantha).
É tão "true to life", o modo como elas seduzem ou são seduzidas, sacaneam ou são sacaneadas, se apaixonam ou apaixonam-se por elas, abandonam ou são abandonadas.
Mas, eu acho que a personagem que eu mais me identifico é sem sombra de dúvidas a Carrie.
Acho por que ela é uma pessoa cheia de questionamentos, não só em relacão aos homens, mas também em relação às suas amizades, ética (como no episódio em que ela vai pra cama com Jon Bon Jovi, cuja terapeuta é a mesma de Carrie) and so on.
Não que falte substância as outras personagens, porém, acho que Carrie é a personagem mais real, e a que de alguma forma, está mais conectada com a realidade.
E é claro tem a sorte de ter pegado o gostosérrimo do Mr. Big (Chris Noth)!
Ai meus sais!
Beijos,
Lucy Lovely