Sunday, November 26, 2006

Resumo atrasado (atrasadíssimo) do Festival do Rio 2006

Finalmente, notícias!

Estou viva, pessoal! Mais viva do que nunca.

Bom depois de um hiato sem escrever em meu blog resolvi falar da coisa que mais gosto que é cinema.

Só que este ano, fiquei um pouco desapontada este ano. Os filmes que eu vi foram de fraco a razoáveis, com exceção de "Volver" de Almodóvar que é maravilhoso.
Vou fazer um breve resumo dos filmes deste festival (que não foram muitos, já que a falta de tempo este ano foi uma constante):

"Onze homens dentro e fora do armário" de Robert Douglas
"Cem escovadas antes de dormir" de Luca Guadagnino
"A ponte" de Eric Steel
"CRAZY" de Jean Marc Vallée
"En soap" de Pernille Christensen
"Lemming" de Dominik Moll
"Babel" de Alejandro Iñarritu
"Volver" de Pedro Almodóvar

Começando pela ordem:

"Onze homens dentro e fora do armário" é fraco, fraco demais.
Feito na Islândia (razão pela qual me interessei em vê-lo) já que é difícil
aparecer no Brasil filmes de tal local, a história parece uma cópia mal feita de "Damas de Ferro" (filme tailandês gay super engraçado!).
No filme, um capitão de um time chumbrega da Islândia dá uma entrevista para uma revista importante, assumindo sua homossexualidade publicamente.
É claro que tal declaração dá o maior fuzuê. Porém, o tratamento dado ao roteiro, fotografia, escolha de elenco foram péssimos.

"Cem Escovadas antes de dormir" não é tão ruim como o precedente porém também deixa a desejar. A começar pela trilha sonora (música dos Pet Shop Boys da década de 80 nada a ver!), a dramaticidade das cenas também é fraca, os atores mal escolhidos (com exceção de Geraldine Chaplin, que interpreta a avó da personagem principal, como sempre Geraldine dá um banho de interpretação)
O enredo é sobre uma adolescente que é iniciada no amor de forma cruel por um rapaz por quem é apaixonada. A partir daí, ela entra em uma egotrip vazia e resolve dar uma de Cicciolina do subúrbio romano, transando com vários homens ao mesmo tempo, se encontrando com homens desconhecidos em quartos de motel para realizar fantasias sadomasoquistas...Enquanto isso nossa frágil heroína traumatizada tenta se recuperar de tal 'perdição'. Muito raso.

"A ponte" é um documentário realizado durante um ano na cidade de São Francisco, EUA, sobre pessoas que cometem suicídio na famosa Golden Gate Bridge (cartão postal da cidade e marco histórico dos EUA). Perturbador. O diretor, Eric Steel, filmou durante cerca de um ano, o suicídio de diversas pessoas, pulando da ponte e se jogando ao mar. O mais perturbador é que ele assistiu a tudo e não fez nada para ajudar tais pessoas. Ele filmou horas e horas de suicídios e não fez nada para tentar salvar os suicidas. Um espanto. O pior é que os parentes e amigos destas pessoas aparecem no documentário dando entrevistas como se tal ato fosse a coisa mais normal do mundo. Só nos EUA mesmo!

"CRAZY" é uma fofura no meio da lama destes outros filmes. Franco-canadense, conta de maneira especial a história de Zachary, quarto filho em uma família de cinco irmãos nos anos 70 em Quebec. Zachary é um menino cheio de talento e sensibilidade que descobre de maneira dolorosa sua opção sexual e seu posicionamento na família. A atuação do ator que interpreta Zachary é maravilhosa.

Sunday, July 02, 2006


A diretora e protagonista de "Eu, Voce e Todos Nos" Posted by Picasa

foto do filme "Eu, Voc� e Todos N�s" Posted by Picasa

Estou de volta! (Eu, você e todos nós)

Finalmente depois de um ano e meio sem escrever resolvi voltar a ativa. Estive no meio de uma relação afetiva conturbada no último ano, por isso a ausência de notícias. Mas isso mudou.
Falando de filmes que são a coisa que eu mais gosto, depois da minha irmã Elisabeth e meus dois sobrinhos Carol e Caio, vi um filme recentemente que mexeu comigo.
O título é "Eu, você e todos nós". É um dos filmes mais singelos que eu vi ultimamente. É de uma sensibilidade. A protagonista do filme também dirigiu o filme, Miranda July.
Resenha: Motorista canadense que dirigi veículo para idosos e artista nas horas vagas sonha em encontrar o amor verdadeiro e também em expor seu trabalho em galeria de arte.
Nada dá certo. Conhece um vendedor de sapatos recém-divorciado com dois filhos que não sabe que rumo tomar na vida. A diretora da galeria em que deseja expor seu trabalho não lhe dá a mínima.
Nossa protagonista leva uma vida modorrenta. É uma mulher a beira de um ataque de nervos.
Até que de repente, tudo começa a dar certo, sua cara-metade da sapataria começa a vê-la com outros olhos e a toda poderosa da galeria resolve lhe dar uma chance.
Existem outras subtramas no filme que dão um colorido todo especial ao enredo. Como a menininha que mantém um enxoval de noiva com 11 anos de idade e sonha com a filha que um dia irá ter.
Também toca na velha questão da falta de comunicação entre as pessoas (De tão batido já virou clichê este tema!)
Mas é poético e me encantou.
Por isso, recomendo.
Bjs,
lucy lovely